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sábado, 22 de maio de 2010

A alma das palavras... a alma dos humanos... a nossa essência...

Mesa, mesa, mesa, mesa, mesa, mesa, mesa, mesa, mesa, mesa, mesa, mesa, mesa.
O que é isto, o que quer isto dizer?
Poste, poste, poste, poste, poste, poste, poste.
Sol, sol, sol, sol, sol, sol, sol, sol, sol, sol.
Lua, lua, lua, lua, lua, lua, lua, lua.
Riqueza, riqueza, riqueza, riqueza, riqueza.
Estranha similitude esta, entre palavras e essência humana.
Onde está a alma delas?
Onde está a nossa alma?
Onde perdemos a nossa alma, o nosso espírito?
Em que esquina sombria e por que preço nos vendemos?
A quem nos vendemos?
Ao Mal. Apenas pela compra da nossa alma ele se pode infiltrar em nós, levando-nos a cometer tais crimes e a desrespeitar o que de mais sagrado há, o mistério da Vida.
Por que nos vendemos nós?
Por ambição. Por dinheiro. Por inveja. Por prestígio. Por ganância. Por fama. Por fortuna. Por vingança. Por maldade.
Que interessa o motivo?
Motivo, motivo, motivo, motivo, motivo, motivo, motivo, motivo, motivo, motivo, motivo.
Onde está a alma desta palavra? Perdeu-se? Como é isso possível? Ela está aqui à minha frente, leio-a, releio-a, vejo cada uma das suas letras, mas nada encontro. Não há de que a sua alma se perdeu. Mas onde? Por quê? Por que motivo se vendeu?
Por que motivo nos vendemos nós?
Onde se encontra a alma das pessoas?
Onde se enconta a alma das palavras?
Por que motivo fugiu, permitindo que tão mau uso se fizesse das formas onde anteriormente estavam?
Uma palavra sem alma é como uma caixa vazia, oca. Pode-se fazer dela o que se quiser. Não importa. Não tem vida.
Um corpo sem alma é como uma palavra sem alma.
São dois mortos, interagindo um com o outro, sem se importar com a devastação que originam.
Por isso procurarei incessantemente a alma das coisas, a alma das palavras, a minha própria alma.
Procuro...
Alma, alma, alma, alma, alma.
Tento perceber onde se perdeu a alma, para a trazer de volta e assim fazer deste Mundo um sítio melhor.
Procuro.
Alma.
Procuro a alma.
Procuro...
Procuro...
Procuro...
Procuro...
Essência humana. Essência humana. Essência humana.

(Texto escrito a 13 de Março de 2003, aos 18 anos)





2 comentários:

  1. Hmmmm.... realmente é uma boa pergunta... o problema, é que tudo é tão assustadoramente relativo.... acho que o problema na sua essência é que a palavra "relativo" é que perdeu a sua alma, essa sim... ou então nunca teve... pois há tantos casos em que a diferença entre o "mal" e o "bem" é apenas definida pelo ponto de vista ou pela motivação da qual partirmos... portanto, é relativo... e isso sim, é o problema, pelo menos no meu ponto de vista... por isso, é bom que cada um de nós tenha as suas próprias, e íntimas certezas, e que não sejam de forma nenhuma relativas....

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  2. Sim, tens razão. Muitas vezes a diferença entre bem e mal depende apenas de nós, do nosso ponto de vista... da nossa alma (?).

    Olha Hitler, Estaline, Salazar... para eles, para a sua consciência, estavam bem, do lado do bem, a fazer o que era melhor (???). Que interessa se para os outros eles estavam do lado do mal?

    Exactamente, cada um tem que ter as suas próprias certezas, até porque como no outro dia o meu pai me disse, "a única pessoa que dorme contigo à noite e à qual deves explicações és tu própria e a tua consciência"...

    Obrigada pelo comentário =)

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